quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Só palavras

O incerto quando é certo
Desconserta o concerto
Entorta o reto
Deixa sem tom

A surpresa quando é boa
Entra de repente
Sai depressa
Fica na lembrança

O carinho quando é bom
Mesmo curto parece eterno
E o beijo quando é doce
Transforma em céu o inferno

domingo, 3 de outubro de 2010

Cansei de pessoas.

“Quanto mais conheço pessoas, mais gosto do meu cachorro”. É, frase de efeito, mas tem sido a minha frase feita. Pessoas são traiçoeiras, pessoas machucam, pessoas são más. Pessoas utilizam do racional para fazer o outro de “gato e sapato”. As vezes eu queria ser irracional ou conviver com irracionais. A razão acaba com a simplicidade, torna tudo mais difícil e muitas vezes indecifrável. A ingenuidade já foi abolida, há muito tempo. Hoje em dia as pessoas vêem malícia até mesmo em coisas pequenas.

O mundo é feito de ironia e tudo fica nas entrelinhas. Conversar com alguém, sobre algo sério, ficou mais difícil do que ler bula de remédio sem óculos. Hoje em dia, até as crianças que não viam maldade estão vendo. Além de irônicas, as pessoas acham que estão sempre certas e insistem em competir em todo tipo de coisa. Da competição vem a rivalidade e da rivalidade o ódio e por aí vai. Sentimentos horríveis que na maioria das vezes são colocados para fora em situações banais que poderiam ser resolvidas só com uma conversa.

Resumindo: Pessoas me cansam. Cansei da falta de senso delas, da ironia e da forma como elas são mau caráter. Já que é época de eleições voto em menos pessoas e mais cachorros. Quero mais é ser amiga do meu cachorro.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ação e Reação

Prometo atualizar com mais frequência.

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O relógio marcava dez e meia. Resolvi levantar da noite mal dormida. Noite em que meu corpo incansavelmente fez o favor de virar e desvirar tentando pegar num sono que não existia. Abri os olhos e pensei que levantar não seria boa idéia. Não depois de ontem. Não depois do que eu fiz. Eu não costumo agir por impulso, mas tem horas que nem eu me agüento.

Quando a gente é pequeno e tá começando a entender a vida a mamãe diz: “Pense duas vezes antes de agir.”. Quando a gente cresce, isso muda. Vira: “Aja duas vezes antes de pensar.”. Eu nunca pensei que fosse tão ruim ter que pensar depois de agir. “Fez tá feito, agora agüenta as conseqüências.”.

Eu não vou conseguir anular meus problemas deitada aqui, mas pelo menos eu os adio por um tempo. Não acho que fugir seja a solução até porque até onde eu sei o problema está dentro de mim e eu não vou conseguir me livrar dele com a facilidade que eu quero.
Agir sem pensar é fácil, pensar depois de agir é frustrante, doloroso e angustiante. Na hora de agir tudo parece tão simples, tudo é chamativo, atrativo. Tudo te leva a pecar da melhor maneira possível, o instante fica perfeito, o medo de errar desaparece e a vontade fala muito mais alto do que a consciência.

O escondido é mais gostoso, o proibido é mais gostoso. Na hora foi maravilhoso. Tudo começou com aquela festa na casa da Elisa. Muita bebida, muito rock n’roll e ele. Ele estava LINDO com aquele casaco de couro preto, aquele cabelo bagunçado milimetricamente perfeito e olhou pra mim desde o momento em que eu cheguei.

Não sei como, mas depois de algumas doses de tequila eu estava numa conversa sem fim com ele, culpa da Elisa. A Elisa é minha amigona, daquelas que a gente vive grudada, sabe? Ela sempre soube que eu tinha uma quedinha (tombo) pelo Felipe, por isso chamou ele para a festa e ficou o tempo todo colocando pilha para gente se entender, porque até aquele dia só haviam rolado trocas de olhares.

Não lembro de mais nada. Só lembro de acordar na cama dos pais da Elisa com o Felipe do meu lado. Minha cabeça girava, eu tentei levantar, mas parecia que ela era uma bola de boliche e me puxava para baixo. Depois de muito tentar, levantei e fui para casa. Queria entender o que havia acontecido naquela noite. Queria falar com Felipe no dia seguinte, mas o tempo passou e eu não tinha cara para falar com ele. Será que ele lembrava?

Passaram-se dias, semanas. Nem a minha coragem para falar com o Felipe e nem minha menstruação apareciam. Agora minha cabeça começava a pesar de tanta coisa que se passava nela. Podia ser coincidência ou conseqüência.

Liguei para Elisa, aflita. Precisava muito dela. Ela foi comigo na farmácia e compramos cinco testes de gravidez. Todos, todos, todos deram positivo. Meu mundo desabou. Minha vida acabou. Eu não era mais eu. Agora eu era eu e ele, ou ela.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Outono Incessante

Era outubro, as folhas caíam e o tempo estava ligeiramente nublado. As nuvens faziam no céu um desenho irregular e a tristeza abatia a cidade naquele dia de outono. Lauren já não via mais saída, seu coração estava tomado por uma dor inigualável. Sim, ela sabia que era hora de seguir em frente, mas algo lhe dizia que se ela seguisse em frente, perderia o passado para sempre. Aquele dia nunca terminou para Lauren, a esperança estava com ela.

Numa manhã ensolarada, ele acordou bem disposto, disse que viajaria a trabalho para uma cidade próxima, mas que voltava no mesmo dia. Pediu a companhia da esposa até a estação de Leepolden. A despedida foi clichê e romântica: um beijo cinematográfico, interminável e maravilhoso. Ele nunca a havia beijado daquela maneira antes. Após o beijo, Paul virou as costas como se estivesse escondendo a lágrima que caía de seu rosto e andou em direção ao trem sem olhar para trás.

Lauren caminhou para casa pensativa e preocupada. "Por que diabos esse beijo? Afinal, ele voltaria no mesmo dia, não?". Pensamentos como este rondavam a cabeça dela, não havia espaço sem para pensar no cardápio do jantar. Para que o dia passasse da maneira mais rápida possível, Lauren preparou a comida preferida do marido e arrumou a casa para que ele viesse.

O dia se arrastou, se arrastou, se arrastou e finalmente chegou ao fim. Já havia passado das dez da noite e nada dele chegar. Lauren foi deitar com o coração apertado e a mágoa tomando conta de seu ser. Preocupada e sem conseguir dormir, resolveu mandar uma carta para ele. A carta dizia:

"Querido Paul,
O que quis dizer aquele beijo? Não foi só um simples beijo, eu vi a lágrima caindo de seus olhos. Isso é um fim?"

Dias se passaram e a carta nunca foi respondida. Para Lauren, a vida não tinha mais graça. Chegou o mês de Maio, seu aniversário. Finalmente a tão esperada resposta:

"Lauren, minha amada.
Perdoe-me pela indelicadeza e demora da resposta. Sim, o beijo foi um Adeus. O Adeus mais difícil da minha vida para pessoa que eu mais amei e amarei para todo o sempre. Temo em dizer que foi necessário, pois não queria mais te fazer sofrer, porém comigo por perto o sofrimento seria bem pior. A verdade é que eu não viajei para uma cidade próxima e sim para Boston, para que pudesse ter o melhor dos tratamentos. Escondi isso de você o quanto pude. Mas agora é hora de dizer a verdade. Não sei até quando vou aguentar, mas eu queria ter certeza de que minhas últimas palavras seriam: Eu te amo e para sempre vou te amar não importa aonde esteja, nem o que esteja fazendo. Voce é a mulher da minha vida.
Do seu,
Paul"

Uma lagrima escorreu de seu rosto. Paul e Lauren eram como um só e para sempre seriam um só.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

MELHOR AMIGO DO HOMEM?

Sumi. É, eu sei. As vezes a gente tem essa vontade. Mas nesse caso, foi por motivo de força maior. Meu laptop estava no conserto e é nele que estão todos os meus textos e devaneios.

Só pra atualizar, um texto que eu escrevi na casa do meu pai. Lá no prédio mora um casal que tem 3 poodles, aí já viu, né? Lembrem-se: o texto foi escrito em um dia de raiva e tensão, por isso está extremamente exagerado!


MELHOR AMIGO DO HOMEM?

Quem disse que o melhor amigo do homem é o cachorro está muito enganado, salvo exceções. Eu, particularmente, acho que pode ser um dos piores inimigos. Primeiro porque você nunca sabe se ele te entende realmente, segundo porque ele não fala sua língua, terceiro porque ele é uma animal irracional.
Eu nunca tive medo de cachorro, mas eu não sou daquelas pessoas que vê qualquer um na rua e para para acariciar, brincar, etc. Para mim tanto faz. Não viveria com um por motivos óbvios: eles dão mais trabalhos e gastos do que um filho e eles fedem. Sua casa INTEIRA fica com aquele cheiro de pano de chão sujo e molhado.
Uma raça que para mim é "hors concours" em chatisse é a dos poodles. Ô bichinho ordinário! Nunca vi. Primeiro que o latido deles é irritante porque é agudo e incessante, segundo porque eu tenho a teoria de que existem aliens debaixo daquele pelo. E por último, mas não menos importante: Se a gente deixar, os poodles dominam o mundo.
O vizinho de baixo do meu apartamento tem três poodles. Eu tenho a ligeira impressão de que qualquer dia, ele e a mulher dele vão ser abduzidos. Ô racinha, viu? Eu posso chegar em casa a hora que for que eles vão latir para me assustar. E não é um latidinho só, é pior do que choro de criança. Agora explica: O que dá na cabeça de um cara para comprar TRÊS poodles. Não é só um. São TRÊS! Um, dois, três.
Eu ainda mato esses três aliens. E o vizinho vai junto. Ele e a mulher!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ache o novo tom

Cansei de ter que procurar seu tom
De cantar sua música
Por que sempre eu
que tenho que ajustar meus acordes?
Por que sempre eu
tenho que acompanhar a sua melodia?

Eu cansei de correr atrás
De instrumentos para compor sua banda
E de ter que escrever letras
Que falem de você

Quero falar de mim
Fazer do meu jeito
Tocar meus instrumentos
E seguir com a minha melodia


Meu tom é diferente do seu
E sinto ele muito mais confortável
Por isso, antes de tentar entrar com a sua música
Ajuste-a, pois isso eu não faço mais

O tom agora é o meu
A letra agora sou eu
Entenda que mudou
Se acostume com o novo tom

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Leve abandono;

Ai, eu abandonei aqui, né? Não vou mentir dizendo que tô sem tempo, nem vou falar que faltou inspiração porque eu tô escrevendo uns textos de vez em quando. A verdade é que na maioria das vezes eu esqueço disso aqui e quando eu lembro ou eu tô sem saco de postar ou eu quero escrever um texto atual e maneiro na hora pra postar e a inspiração foge que nem o cavalo do bandido.

Mas vai, vamos falar sério agora. Tô de férias e tô com tempo. Prometo que agora eu vou tentar postar no mínimo uma vez por semana. Afinal, eu não faço nada da vida.

A vida tá confusa, viu? É, aquela mesmo, que fica do lado esquerdo do peito. Não sei o que é, não sei o que não é. As vezes está e as vezes não. É tão incerto, tão obscuro e as vezes vira um labirinto que eu não sei decifrar.

Por hoje é só!
Tô feliz por que a Pathy do Galo Frito vai me dar uma entrevista! Prontofalei!

Beeeijo